CONTRA PRIVILÉGIOS: Em meio à crise sem precedentes, Judiciário gaúcho quer benefícios
- Comunica Franciane Bayer
- 11 de fev. de 2022
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MANIFESTO DA FRENTE PARLAMENTAR DE COMBATE AOS PRIVILÉGIOS À SOCIEDADE GAÚCHA
Não há um minuto de paz para o cidadão gaúcho! Não há um minuto de sossego para o pagador de impostos, que sustenta os mais absurdos e intermináveis privilégios do alto escalão do funcionalismo público! No dia de ontem (10/02), GaúchaZH noticiou o seguinte: “Tribunal de Justiça pede autorização ao CNJ para pagar R$ 367 milhões retroativos a juízes do RS”. Mas no dia 01/02 deste mesmo ano, ou seja, há exatamente dez dias, a GaúchaZH já havia noticiado: “Judiciário gaúcho cria novo bônus para juízes e desembargadores alegando acúmulo de trabalho”. Ou seja: em menos de 10 dias recebemos a notícia da implementação de mais dois benefícios para a magistratura: uma suposta indenização; e a criação de uma gratificação por um suposto acúmulo de trabalho.
É revoltante e cansativo. O cidadão talvez nem lembre mais, dada a quantidade de absurdos dessa natureza que é obrigado a testemunhar (e pagar!), mas no ano passado o mesmo Tribunal de Justiça (acompanhado pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública) instituiu auxílio-saúde para seus membros e servidores. É isso mesmo: o cidadão passou a arcar com as despesas de saúde dos membros e servidores desses poderes e órgãos, custeando até R$3,5 mil para cada beneficiário. E nunca parece ser o suficiente: o pagador de impostos agora vai compensar, com o seu bolso, o “acúmulo de trabalho” dos juízes.
A Frente Parlamentar de Combate aos Privilégios, colegiado composto por deputados de variados partidos políticos representados na Assembleia Legislativa, vem a público repudiar a tentativa de criação de tantos benefícios ilegais e imorais. Tais benefícios, ao serem autoconcedidos, redundam em desrespeito flagrante ao princípio da legalidade e em desconexão com a realidade fiscal do estado do Rio Grande do Sul e de nossa população, penalizada severamente por uma crise econômica cruel e que recai desproporcionalmente sobre os mais pobres.
É um escárnio e um desrespeito com o pagador de impostos e com o parlamento gaúcho, que vem se mobilizando, sob a liderança da Frente Parlamentar de Combate aos Privilégios, para evitar que tais benefícios prosperem sem um contraponto. Diante disso, esta Frente Parlamentar vem a público demandar que o Poder Judiciário reveja tais atos e, se considerar pertinente, que envie ao Poder Legislativo proposições legislativas que versem sobre a regulamentação de tais benefícios, de acordo com o princípio da legalidade. Foto: Matheus Pereira
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